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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vamos exportar o campeonato brasileiro.

Hoje estava pensando no potencial do Brasil frente ao novo rumo que o mundo está se direcionando. Até alguns anos atrás quando pensávamos em perspectiva de crescimento não saía da carta de opções sair do Brasil para alcançá-lo. Mas agora estamos passando pelo segundo milagre econômico brasileiro, (espero que não seja nos mesmos moldes do primeiro).
Pra você ter uma ideia, nosso querido e amado país já é considerado um país de referência mundial e por incrível que pareça estamos deixando de ser a Banana Republic. E para se chegar nesse patamar não foi nada fácil, foram necessários muitos esforços e sacrifícios do tipo: mandar soldados pra controlar a guerrilha no Haiti, enquanto a violência no Rio de Janeiro e São Paulo acaba fazendo mais vítimas do que na triste ilha do Caribe. Sem contar com as vantajosas ajudas humanitárias para países que passam por problemas de ordem natural ou conjuntural apesar de muitos dos nosso compatriotas estarem vivendo com menos de 1 dólar por dia. Mas nenhum esforço é em vão quando o que está em jogo é a cara do Brasil lá fora. Afinal, a propaganda é a alma do negócio. Quem vê cara não precisa e nem quer ver o coração.
Nossa, já ia me esquecendo, entramos na rota dos shows internacionais....ufa até que enfim não é?!? Bom, acho que os astros se encantaram com nossas belezas naturais, aí foi só propaganda boca-boca. Ou os empresários viram que aqui o povo tem coragem e dinheiro pra pagar os ingressos a preços extratosféricos sem reclamar ou questionar, afinal não é todo dia que veem U2, Paul MacCartney, Beyoncé e outros.
Nesse bonde de pessoas famosas não poderia faltar o Mr. President Barack Obama, esse sim merece destaque, não é qualquer um que dirige uma "corporação" de 13 trilhões de dólares. Agora me diz, estamos ou não com moral? Eu só não entendi o porque de tanta segurança para o Mr. President. Acho que eles não entenderam quando falamos que somos um país pacífico. Aqui, qualquer político é intocável. Basta ver o nosso cenário. Aprovaram um aumento de 65% dos já alto salário e em contra partida briga-se pra aumentar uns míseros reais no salário "infimo" do escravo, ops!, trabalhador brasileiro e nem assim mataram nenhum político, nem de raiva sequer.
Não é atôa que queremos uma cadeira cativa no Conselho de Segurança da ONU, o problema que com nossa apatia por luta armada irá deixar o clube dos "sangue nos olhos" um pouco estressados, já que lá cada país tem poder de veto. Tentem imaginar a cena. Uma centena de corporações armamentistas gastam verdadeiras fortunas para eleger um presidente do Conselho para quando o mesmo assumir garanta que o que as empresas gastaram no financiamento das campanhas volte com juros e correções. E, quando surge a grande oportunidade, tipo, um ditador sanguinário que há muito tempo havia sido aliado (Kadafi), mas que, com a nova conjuntura o mesmo já não tem mais serventia, levanta-se o Brasil, país do carnaval e vota contra a intervenção militar, com o argumento de que o diálogo é a melhor saída. Deve ser por isso que Barack Obama não deu muito moral quando a Dilma pediu apoio para a entrada como membro permanente do orgão.
Ainda acho que nós não estamos sabendo vender o nosso peixe pro mundo. Li em um site que a França está usando os ataques na Líbia como demonstração de poder de fogo do caça Rafale. É, esse mesmo. O mesmo que queriam vender pra nós mas ainda estávamos estudando as propostas. Como nós, o mundo também não está muito confiante na propaganda dos lobista do Rafale. Esse ataque pode ser a salvação de um projeto gigantesco que pode se tornar um fracasso na mesma proporção.
Bom, temos que aprender com quem já sabe, temos que saber vender o que temos. Por exemplo, aqui não precisa de caças supersônicos, armas e munições de última geração para acalmar a população sofrida e explorada, basta apenas duas doses de "Campeonato Brasileiro", uma na quarta- feira e outra no domingo, para apaziguar qualquer conflito interno. Se resolve por aqui, acredito que tanto na Líbia quanto em qualquer região do mundo onde existir um conflito que envolve pessoas com mentes que possa ser alienadas também resolverá.
É isso aí meus amigos, estamos no futuro mas ainda com a mentalidade do passado. Vamos colocar à venda o que temos de maior valor no mercado mundial: CONHECIMENTO.

Escrito por Israel Miler
http://israelmiler.blogspot.com/2011/03/vamos-exportar-o-campeonato-brasileiro.html